A era Neymar no Brasil acabou: esqueça o planejamento para 2026

A infeliz visão de Neymar sendo retirado de campo aos prantos durante a derrota do Brasil nas eliminatórias para a Copa do Mundo contra o Uruguai, infelizmente, não era desconhecida. Após a partida, o Al-Hilal confirmou que o jogador de 31 anos havia sofrido uma ruptura no ligamento cruzado anterior e no menisco do joelho, necessitando de cirurgia.

Embora a operação tenha sido bem sucedida, Neymar enfrenta um longo período de reabilitação. É improvável que o experiente atacante retorne à ação na Saudi Pro League nesta temporada. Além disso, há preocupações de que ele possa enfrentar uma tarefa desafiadora para garantir uma vaga na seleção brasileira para a Copa América de 2024, marcada para começar em 20 de junho.

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Relatórios sugerem que o Paris Saint-Germain vendeu Neymar no verão devido a apreensões quanto à sua condição física. Apesar de ter marcado impressionantes 118 gols em 178 partidas pelo clube desde sua transferência recorde de € 222 milhões do Barcelona em 2017, ele também perdeu mais de 100 jogos devido a várias lesões.

Apesar do histórico de problemas físicos de Neymar, o técnico interino da Seleção, Fernando Diniz, continua firme em sua crença de que o atacante ainda tem um papel crucial a desempenhar pelo Brasil nos próximos anos. Diniz expressou votos de recuperação de Neymar e enfatizou acreditar que o jogador ainda não criou os capítulos mais marcantes de sua carreira. Ele reconheceu que a lesão pode ter tornado tudo mais desafiador, mas sugeriu que Neymar pode usar isso como motivação para voltar mais forte.

Neymar fará 34 anos quando a próxima Copa do Mundo acontecer no Canadá, México e Estados Unidos. Embora a conquista do prestigiado troféu seja um dos poucos elogios que faltam em seu currículo impressionante, argumenta-se que as chances do Brasil de garantir seu sexto título mundial seriam prejudicadas se Neymar permanecer no onze inicial naquele momento.

Embora possa parecer lógico criar um ambiente que permita a Neymar prolongar sua carreira internacional, o Brasil é atualmente abençoado com uma abundância de talentos ofensivos. Existem numerosos jogadores prontos para ter sucesso onde Neymar pode ter falhado, levando à sugestão de que uma decisão implacável deveria ser tomada para priorizar o sucesso da equipe em detrimento do potencial legado não cumprido de um indivíduo.

Aposentadoria em vez de reintegração

É importante reconhecer as conquistas de Neymar ao longo de sua carreira. Ele entrou em cena ainda adolescente no Santos, cativando o público com seus dribles. Aos 21 anos, ele garantiu a transferência para um dos maiores clubes do mundo.

No Barcelona, ​​Neymar formou um formidável trio de ataque com Lionel Messi e Luis Suárez. Embora não tenha igualado seus companheiros em termos de gols, sua criatividade e habilidade com a bola elevaram o time a patamares maiores. O seu sucesso ficou evidente através da conquista de troféus, incluindo dois títulos da La Liga e da Liga dos Campeões.

Se Neymar tivesse permanecido no Barcelona, ​​ele poderia ter tido grandes chances de ganhar a Bola de Ouro. Porém, sua mudança para o PSG priorizou o ganho financeiro e o perfil pessoal em detrimento do seu desenvolvimento como jogador.

Infelizmente, a passagem de Neymar no PSG atrapalhou o progresso de sua carreira, e a má gestão de sua recuperação e físico o impediu de atingir todo o seu potencial. Embora o Brasil possa estar relutante em abrir mão de uma figura tão icônica, mantê-lo após seu auge prejudicará as chances do time de recuperar seu status de melhor do mundo.

Neymar certamente fez contribuições significativas para o Brasil, tornando-se o maior artilheiro de todos os tempos e mostrando suas habilidades em grandes torneios. No entanto, os elusivos títulos da Copa do Mundo e da Copa América lhe escaparam, apesar de seus esforços. Os torcedores brasileiros tiveram a sorte de testemunhar seus momentos de magia, mas chegou a hora de Neymar se aposentar das obrigações internacionais e abrir caminho para uma nova era de sucesso para a seleção nacional.

Vinicius e Rodrygo os protagonistas

A próxima geração do Brasil agora conta com dois talentos superestrelas que se destacaram no Real Madrid nos últimos anos. Vinicius Jr e Rodrygo se tornaram nomes conhecidos e devem liderar o ataque da Seleção pelas laterais em um futuro próximo.

Vinicius chegou ao Real vindo do Flamengo em 2018, com Rodrygo fazendo o mesmo um ano depois. Desde então, eles desempenharam um papel fundamental no sucesso do Real, conquistando a Liga dos Campeões da UEFA, títulos da La Liga, Copas do Mundo de Clubes da FIFA e a Copa del Rey.

A sua parceria tornou-se mais forte ao longo do tempo, como demonstrado pelas suas atuações excepcionais na vitória do Real por 5-1 sobre o Valência. Ambos os jogadores marcaram dois gols, silenciando os críticos que duvidavam de suas habilidades de gol no início da temporada. Carlo Ancelotti elogiou a sua qualidade e expressou confiança no regresso à sua melhor forma.

Embora tenham marcado apenas sete gols pelo Brasil até o momento, Vinicius e Rodrygo serão contados para aumentar sua produção, principalmente com Neymar afastado dos gramados por tempo indeterminado e Gabriel Jesus lutando para se recuperar. A sua consistência no Real Madrid, onde enfrenta imensa pressão para vencer todas as semanas, sugere que podem assumir a responsabilidade.

Também surgiram relatos de que Vinicius e Rodrygo trabalharão em breve com Ancelotti a nível internacional. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, indicou que Ancelotti substituirá Fernando Diniz como técnico do Brasil quando seu contrato com o Real Madrid expirar, no final da temporada, bem a tempo de preparar o elenco para a Copa América.

A experiência de Ancelotti e a compreensão das habilidades de Vinicius e Rodrygo certamente beneficiarão o Brasil. A dupla está prestes a se tornar a principal força da seleção nacional até a próxima Copa do Mundo daqui a três anos.

Martinelli é o verdadeiro herdeiro de Neymar

Se Neymar se aposentasse, o Brasil precisaria encontrar um substituto adequado para sua posição de número 10. Embora existam vários jogadores que poderiam ocupar essa posição, como Vinicius, Rodrygo, Raphinha, Matheus Cunha e Gabriel Jesus, nenhum deles seria uma escolha natural. O Brasil exigiria alguém que se destacasse em espaços apertados, com capacidade de criar gols e assistências do nada.

Gabriel Martinelli, estrela do Arsenal, pode ser o candidato ideal para essa função. Embora tenha atuado principalmente na ala esquerda do Brasil, ele mostrou sua qualidade como ala de elite desde que ingressou no Arsenal. Na temporada passada, ele teve um impacto significativo para os Gunners, contribuindo com 21 gols em todas as competições e sendo selecionado para o prêmio de Jovem Jogador do Ano da PFA.

O ritmo e as corridas inteligentes de Martinelli fazem dele uma ameaça na ala esquerda, mas ele possui todas as qualidades de um atacante interno de classe mundial. Ele tem uma habilidade natural para explorar os canais entre o lateral-direito e o zagueiro adversário, usando seu controle próximo e agilidade para penetrar na área. Embora os críticos possam apontar sua tendência de driblar de cabeça baixa, o ritmo de trabalho de Martinelli dentro e fora da bola e sua habilidade de finalizar com os dois pés em ângulos diferentes fazem dele um jogador perigoso.

Com um treinamento adequado, Martinelli poderia aprimorar suas habilidades de jogo e melhorar sua capacidade de jogar de costas para o gol. Embora ele possa não ter o perfil exato de Neymar, ele tem potencial para ser igualmente eficaz se tiver a chance de ocupar seu lugar no futuro.

Endrick e os novos garotos maravilhas da Seleção

No curto prazo, o Brasil tem profundidade e talento suficientes para competir pelas honras, mesmo sem Neymar. Olhando para o futuro, eles têm potencial para se tornarem novamente uma força dominante no futebol internacional.

O atacante Endrick, de 17 anos, que cresceu rapidamente no Palmeiras no ano passado, foi convocado pela primeira vez para a seleção principal do Brasil. Ele deve se juntar a Vinicius e Rodrygo no Real Madrid na próxima temporada, já que o clube acionou sua cláusula de rescisão. É concebível que esses três jogadores possam liderar a seleção do Brasil na Copa do Mundo de 2026.

Vitor Roque, que ingressará no Barcelona em janeiro, também poderá competir com Endrick pela 9ª posição. Vitor atraiu comparações com o icônico atacante brasileiro Ronaldo, e o Barcelona espera que ele possa se encaixar perfeitamente na escalação sob o comando do técnico Xavi.

No meio-campo, Andrey Santos, do Chelsea, pressionará pelo tempo de jogo. Embora tenha enfrentado dificuldades por empréstimo ao Nottingham Forest, ele brilhou ao lado de Vitor durante a caminhada sub-20 do Brasil para a glória no Campeonato Sul-Americano e impressionou na Copa do Mundo Sub-20.

O adolescente do Troyes, Savio, mostrou-se promissor como ala durante seu período de empréstimo ao Girona, que atualmente lidera a La Liga após 13 jogos na temporada 2023-24.

O Brasil também tem jovens defensores promissores subindo na hierarquia, incluindo Kaiky, anteriormente alvo do Barcelona e agora jogando pelo Almeria, e Vinicius Tobias, do Real Madrid Castilla.

Perseguindo a Argentina

O sistema juvenil do Brasil está produzindo uma grande quantidade de superestrelas em potencial que estão no caminho certo para se tornarem titulares na seleção principal. Embora Neymar carregue as esperanças da nação há muito tempo, a atual Seleção Brasileira tem qualidade suficiente em cada posição para disputar o título da Copa América no próximo ano.

O técnico Fernando Diniz tem um forte trio de meio-campo formado por Bruno Guimarães, Lucas Paquetá e Joelinton, todos capazes de apoiar a linha de ataque repleta de estrelas do Brasil. A espinha dorsal do time é solidificada por Gabriel Magalhães e Marquinhos, que estão dispostos a colocar o corpo em risco para proteger o goleiro Alisson Becker.

No entanto, o Brasil atualmente está atrás da arquirrival Argentina. A Albiceleste venceu a Copa do Mundo no Catar e venceu todos os quatro primeiros jogos das eliminatórias de 2026. Com Lionel Messi na liderança, a Argentina é a favorita para vencer a Copa América de 2024 nos Estados Unidos.

Embora se espere que Messi esteja presente no torneio, o Brasil deve trabalhar muito para superar a Argentina. As bases para o sucesso estão criadas e os torcedores devem estar otimistas quanto ao futuro sem Neymar. Se Carlo Ancelotti assumir o comando do Brasil, sua experiência e capacidade de desenvolver jovens jogadores acelerarão o progresso do time.

O próximo jogo do Brasil nas eliminatórias da Copa do Mundo contra a Colômbia, seguido de um confronto crucial contra a Argentina, serão testes importantes para Diniz. A equipe precisa somar pontos suficientes para se classificar para a Copa do Mundo no Canadá, México e Estados Unidos.

Embora o talento do Samba que fez do Brasil a nação futebolística mais divertida irá retornar, o sucesso tangível também deverá seguir-se. Com o talento disponível na era pós-Neymar, não pode haver desculpas para o fracasso.